quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O Brasil na Segunda Guerra Mundial



A princípio, a posição brasileira em relação à guerra foi de neutralidade. Depois de ataques a navios brasileiros, os Estados Unidos desejavam ter o Brasil como aliado político e militar e pretendiam instalar bases militares no Nordeste brasileiro, com o objetivo principal de garantir a defesa do continente quanto a uma possível invasão da Alemanha e de seus aliados. Getúlio Vargas decidiu entrar em acordo com o presidente americano Roosevelt para a participação do país na Guerra. Entre 1937 e 1945 durante o Estado Novo, o Brasil teve a instalação de um regime ditatorial no governo de Getúlio Vargas. Durante esse período, potências mundiais entraram em conflito (Alemanha, Japão e Itália) e as nações democráticas (Estados Unidos, França e Inglaterra) onde, cada grupo buscou apoio político-militar de outras nações. Ao mesmo tempo em que, Getúlio Vargas contraía empréstimos com os Estados Unidos, comandava um governo próximo aos ditames experimentados pelo totalitarismo nazi-fascista. As autoridades norte-americanas preocupavam-se com a possibilidade de o Brasil apoiar os nazistas cedendo pontos estratégicos que poderiam garantir a vitória do Eixo no continente africano. Essa preocupação fez com que, Getúlio Vargas liberasse um empréstimo de 20 milhões de dólares para a construção da Usina de Volta Redonda. Getúlio Vargas decidiu negociar com os americanos não somente o fornecimento de armas norte-americanas ao Brasil, mas principalmente a concessão de créditos e assistência técnica para implantar as indústrias siderúrgica e bélica no Brasil. O Conselho de Defesa Nacional dos Estados Unidos manifestava o interesse norte-americano em importar minérios estratégicos do Brasil. Os americanos pretendiam evitar que o Brasil fornecesse minérios e materiais estratégicos ao países do Eixo. Com esse propósito, no ano de 1941, assinaram um contrato de aquisição de minerais estratégicos, tais como bauxita, berilo, manganês, ferro-níquel, titânio, zircônio, diamantes industriais, quartzo, além de borracha. Alguns fatores econômicos pesavam a favor da aliança com os Estados Unidos. A Europa conflagrada diminuiria suas importações do Brasil e ao país produtor de café e de algumas matérias-primas, restava o grande mercado norte-americano. Em novembro de 1940, 14 países produtores de café e os Estados Unidos assinaram um acordo segundo os americanos se obrigaram a comprar 15,5 milhões de sacas, das quais 9,3 milhões eram do Brasil. Em janeiros de 1942, depois de ter rompido relações com o Eixo, Getúlio Vargas enviou aos Estados Unidos o Ministro da Fazenda Souza Costa, para definir os acordos de compras de armas e de concessão de créditos e assistência técnica para a aquisição de tanques, navios, aviões, armas e munições, além dos recursos e assistência técnica para a implantação de indústrias estratégicas no Brasil, particularmente, a siderúrgica. Posteriormente foi incluída no acordo, a Fábrica Nacional de Motores. No ano seguinte, os Estados Unidos entraram nos campos de batalha da Segunda Guerra e posicionou-se politicamente para que o Brasil entrasse com suas tropas. Pouco tempo depois, o afundamento de navegações brasileiras por submarinos alemães gerou vários protestos contra as forças nazistas. Após isso, em agosto de 1942 Getúlio Vargas declarou guerra contra os italianos e alemães. Politicamente, o país buscava prestígio junto aos Estados Unidos e reforçar sua aliança política com os militares. Em 1943, foi organizada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), destacamento militar que lutava na Segunda Guerra Mundial. Por volta de um ano depois as tropas começaram a ser enviadas, juntamente da Força Aérea Brasileira (FAB). A participação militar brasileira foi importante na Segunda Guerra Mundial, pois somou forças na luta contra os países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Brasil enviou para a Itália (ocupada pelas forças nazistas), 25 mil militares da FEB, 42 pilotos e 400 homens de apoio da FAB. Após duras batalhas, os militares brasileiros ajudaram na tomada de Monte Castelo, Turim, Montese e outras cidades. Apesar das vitórias, centenas de soldados brasileiros foram mortos em combate. Na Batalha de Monte Castelo, cerca de 400 militares brasileiros morreram. O Brasil também cedeu bases militares aéreas e navais para os aliados. A principal foi a base militar da cidade de Natal (Rio Grande do Norte) que serviu de local de abastecimento para os aviões dos Estados Unidos. A participação da marinha brasileira também foi muito importante, que realizou o patrulhamento e a proteção do litoral brasileiro, fazendo também a escolta de navios mercantes brasileiros para garantir a proteção contra ataques de submarinos alemães. Em 1942 vários navios e submarinos foram afundados pelas tropas alemãs, causando a morte de vários combatentes. Populares se indignavam com os ataques e a população se comovia com a tragédia de tantas vidas humanas perdidas em combate. A cada navio afundado, mais brasileiros tomavam partido contra a Alemanha e saíam às ruas em manifestações exigindo que o governo declarasse guerra ao Eixo. Diante de tantas manifestações Getúlio Vargas reconheceu o clamor do povo e em 31 de agosto de 1942 declarou guerra aos países do eixo. Cerca de 14 mil alemães se renderam aos brasileiros. Ao final da Segunda Guerra Mundial em 1945, a FEB foi desfeita em 1946.

Informações disponíveis em: http://revistaescola.abril.com.br/historia/fundamentos/como-foi-participacao-brasil-segunda-guerra-mundial-495726.shtml

Criado por: Hosana Soares Dias 

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